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dc.contributor.authorMENDES, Túlio Amós de Araújo (org.)-
dc.date.accessioned2025-11-12T14:05:03Z-
dc.date.available2025-11-12T14:05:03Z-
dc.date.issued2025-
dc.identifier.citationMENDES, Túlio Amós de Araújo (org.). Geologia e recursos minerais do estado de Roraima. Manaus: Serviço Geológico do Brasil, 2025. 66 p. Escala 1:1.000.000.pt_BR
dc.identifier.isbn978-65-5664-647-3-
dc.identifier.urihttps://rigeo.sgb.gov.br/handle/doc/25741-
dc.description.abstractO estado de Roraima abrange a porção central do Escudo das Guianas, bloco crustal setentrional do Cráton Amazônico. Em termos de configuração tectônica, seu embasamento geológico foi formado no curso da Orogenia Akawai (passagem do Riaciano para o Orosiriano: 2,10-2,02 Ga), a partir da geração de arcos magmáticos e subsequentes processos de colisão e magmatismo tardi- a pós-tectônico, resultando na formação de três cinturões, denominados Cauarane-Coeroeni, Orocaima e Rio Urubu. Posteriormente, eventos tectônicos intraplaca afetaram esse embasamento desde o final do Orosiriano até o Mesozoico. Esse cenário geológico resulta em um ambiente com ampla variedade de rochas e estruturas, favorecendo a ocorrência de recursos naturais ainda pouco pesquisados. O Cinturão Cauarane-Coeroeni (2,02-2,00 Ga) é uma megaestrutura sinuosa que, em Roraima, apresenta direção principal aproximadamente leste-oeste. Ele composto por rochas do Grupo Cauarane, uma sucessão metavulcanossedimentar de alto grau metamórfico, e seu produto anatético sin-tectônico, correspondendo aos granitos peraluminosos crustais do Corpo Amajari. A norte ocorre o Cinturão Orocaima (2,00-1,96 Ga), formado por magmatismos contemporâneos de quimismo alcalino e calcioalcalino. O vulcanismo de caráter alcalino é representado pela Formação Cachoeira da Ilha, e o plutonismo, pela Suíte Saracura. Já o magmatismo calcioalcalino está associado à Formação Surumu (vulcanismo) e às suítes Pedra Pintada, Reislândia e Tocobirém, além dos corpos Mixiguana, Ericó e Puruê (plutonismo). Ainda relacionado a esse magmatismo, a Suíte Martins Pereira (calcioalcalino) e o Corpo Vila Serra Dourada (peraluminoso) se estabeleceram a sul do Orógeno Akawai, fora do trecho contínuo dos cinturões orosirianos. A porção meridional do orógeno é constituída pelo magmatismo pós-colisional do Cinturão Rio Urubu (1,96-1,92 Ga), que reúne as suítes Serra da Lua, Rio Urubu e Serra da Prata, além do Corpo Igarapé Branco (todas calcioalcalinas) da Suíte Igarapé Miracelha (alcalinas) e do Corpo Curuxuim (peraluminosa crustal). Mais para o final do Período Orosiriano, um intenso magmatismo atribuído a SLIP Uatumã (1,89-1,87 Ga) intrudiu a porção sul do Orógeno Akawai. Esse megaevento intraplaca gerou as rochas plutônicas ácidas das suítes Água Branca e Mapuera, incluindo os corpos Rio Itã, Estrela do Norte, Serra do Camelo e Igarapé Tamandaré, além dos correspondentes vulcânicos representadas pelas formações Iricoumé e Represa Jatapu. Subordinadamente, ocorre também magmatismo básico associado a essa SLIP, expresso pela Suíte Uraricaá e o Corpo Pratinha. Cronocorrelato a esse intenso magmatismo, desenvolveu-se uma bacia do tipo rift-sag, que propiciou a deposição das rochas do Supergrupo Roraima a norte do Cinturão Orocaima. Ainda no contexto intraplaca, a LIP Avanavero (1,81-1,77 Ga) produziu os plútons da Suíte Moderna, que intrudem o embasamento Orosiriano (sul), e os diques e soleiras da Suíte Avanavero e do Corpo Serra do Cupim (norte). Estendendo-se do centro ao extremo noroeste do estado, outro magmatismo intraplaca ocorreu no Mesoproterozoico (1,53-1,37 Ga), gerando as rochas plutônicas félsicas das suítes Surucucus, Auaris e Mucajaí, bem como os corpos (máfico-ultramáficos Caracaraí e Repartimento além de outras rochas intrusivas mais tardias. Recebendo contribuições de rochas calimianas, a porção oeste do estado abriga também a sucessão sedimentar da Formação Serra das Surucucus. Outro processo tafrogenético intraplaca de grande relevância, associado à abertura do Oceano Atlântico durante o Mesozoico, corresponde à formação do Gráben do Tacutu, no leste e centro de Roraima. Esse evento resultou da deposição das formações Serra do Tucano e Apoteri, além da intrusão dos magmatismos Taiano (toleítos) e Apiaú (alcalinas). Sucessões majoritariamente arenosas recobrem amplas áreas do estado, associadas à dinâmica fluvial dos grandes rios, com depósitos de terraços e aluviões. Destacam-se ainda os sedimentos da Bacia do Pantanal Setentrional, onde ocorrem as formações Içá e Viruá, no sudoeste de Roraima, bem como as formações Boa Vista e Areias Brancas, no centro do estado. Afetando parcialmente a configuração geológica das rochas proterozoicas do estado de Roraima e condicionando a colocação das rochas mesozoicas, um intenso retrabalhamento crustal ocorreu durante a Orogenia Intracontinental K’Mudku (1,46-1,10 Ga). Esse evento gerou um conjunto de zonas de cisalhamento e se expressa, sobretudo, na porção central do estado, onde, principalmente, rochas do Cinturão Rio Urubu e da SLIP Uatumã apresentam feições de alto grau metamórfico. Ademais, em decorrência dessa tectônica, observa-se a exposição de diferentes níveis crustais, com rochas supracrustais (e.g. vulcanitos, granitos epicrustais e sedimentares) nas extremidades norte e sul de Roraima e rochas de alto grau metamórfico e de colocação profunda (e.g. migmatitos e charnockitos) na porção central. A história de ocupação de Roraima está intrinsecamente relacionada à descoberta e extração de recursos minerais, inicialmente vinculada a garimpos de ouro e diamante. Por todo o estado, há muitas ocorrências de ouro, destacando-se as regiões norte e noroeste, onde ocorrem sucessões metavulcanossedimentares de baixo grau metamórfico. Outros bens metálicos, como estanho, nióbio-tântalo, titânio, vanádio e elementos terras-raras, estão associados corpos intrusivos que se estendem do oeste a sul do estado. Fosfato e diatomito configuram ocorrências de bem minerais não metálicos − insumos importantes para a indústria agrícola − e se relacionam respectivamente às rochas alcalinas mesozoicas do centro de Roraima e a depósitos lacustres recentes existentes nas proximidades da capital Boa Vista. A extração de diamante ocorre em substratos de rochas sedimentares e depósitos fluviais recentes que drenam as bacias do Supergrupo Roraima e da Formação Tepequém. A ametista é encontrada em granitos das suítes Saracura e Moderna, no norte e sul do estado. Essenciais à indústria e à construção civil, as ocorrências de diversos materiais, como areia, cascalho, rochas para brita e revestimento, asseguram os insumos materiais necessários para a expansão da economia do estado de Roraima.pt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherServiço Geológico do Brasilpt_BR
dc.relation.urihttps://rigeo.sgb.gov.br/handle/doc/23283-
dc.subjectCARTOGRAFIA GEOLÓGICApt_BR
dc.subjectGEOLOGIA REGIONALpt_BR
dc.subjectRECURSOS MINERAISpt_BR
dc.subjectGEOLOGIA ECONÔNICApt_BR
dc.subjectRORAIMApt_BR
dc.titleGeologia e recursos minerais do estado de Roraimapt_BR
dc.title.alternativeMapas geológicos estaduaispt_BR
dc.typeTechnical Reportpt_BR
dc.localManauspt_BR
dc.description.notasPrograma Mineração Segura e Sustentável. Geologia para Mineração e Desenvolvimento Sustentável. Integração Geológica e Geofísica. Série Geologia e Recursos Minerais dos Estados Brasileiros Escala 1:1.000.000.pt_BR
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