O Domo Sapucaia e as rochas metassedimentares da Serra do Rabo: registro da emersão continental na Província Carajás
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Resumo
Na Província Carajás, Cráton Amazônico, o registro geológico do domo Sapucaia sugere uma evolução plutônica ao longo de ~120 Ma, com dois estágios de formação de crosta félsica/intermediária: (i) o magmatismo sódico (2,95-2,87 Ga) e o (ii) potássico (2,89-2,83 Ga). Todo este plutonismo provavelmente se desenvolveu por tectônica vertical (ex., sagducção), formando uma crosta continental estável (ca. 50 km) no final do mesoarqueano, quando possivelmente experimentou alta flutuabilidade positiva e emergiu (por isostasia) sobre os oceanos ancestrais da Província Carajás. O registro metassedimentar da Serra do Rabo sugere uma sedimentação de margem continental anterior à colocação da LIP-Large Igneos Province neoarqueana e amplia as evidências para um importante período de estabilidade crustal e emersão continental na transição meso-neoarqueano. Aqui, sugerimos que a emersão continental ocorreu em torno de 2.83-2.76 Ga, acompanhada de erosão e sedimentação pericontinental, cuja evolução contribuiu com o aporte de "novos" nutrientes para os oceanos, incluindo o fósforo, e estimulou o desenvolvimento de cianobactérias fotossintetizantes e a emergência dos primeiros "oásis" de oxigênio na Província Carajás.
