Acervo geológico da elevação Rio Grande - SGB-CPRM
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Resumo
O Projeto Elevação do Rio Grande (PROERG) é uma iniciativa do Serviço Geológico do Brasil (SGB) vinculada ao Plano Setorial para Recursos do Mar, que tem por objetivo avaliar o potencial das crostas ferromanganesíferas na Elevação do Rio Grande (ERG). O PROERG, inicialmente vinculado ao programa Prospecção e Exploração do Potencial Mineral na Área, executou desde 2011 levantamentos de dados geofísicos, biológicos e oceanográficos com o objetivo de mapear as crostas e estimar, principalmente, os seus teores de cobalto, de acordo com o contrato do governo brasileiro, representado pelo SGB-CPRM, com a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA). Paralelamente, esses resultados subsidiarão a submissão do Brasil à Comissão dos Limites da ONU para extensão da Plataforma Continental Jurídica Brasileira na região da ERG. Essa submissão resultou na migração do projeto para o programa Avaliação da Potencialidade Mineral da Plataforma Continental (REMPLAC). Atualmente o projeto está alinhado ao Plano Plurianual 2024-2027, no Programa “Oceano, Zona Costeira e Antártica”, que tem o objetivo de “Ampliar o conhecimento científico e tecnológico, a conservação da biodiversidade, o uso sustentável dos recursos naturais, por meio da gestão efetiva dos espaços costeiros e marinhos, para promover os interesses do país no oceano, zona costeira e Antártica”. Neste contexto, duas expedições foram realizadas entre 2011 e 2012, nas quais foram coletadas centenas de amostras de crostas ferromanganesíferas, por vezes enriquecidas em cobalto e fósforo, além de exemplares da fauna e flora. Ao todo, foram obtidas amostras de rochas em 132 estações, com massa total aproximada de 14 toneladas. Como parte das análises laboratoriais, foram confeccionadas 57 seções delgadas de 31 estações, e análises geoquímicas de rocha total em 88 estações. Em 69 estações (114 amostras) foram realizadas análises geoquímicas apenas em crostas ferromanganesíferas, revelando anomalias relevantes em Co e P2O5. Adicionalmente, foram obtidos testemunhos do tipo piston corer em quatro estações e amostras de box corer em outras duas. As rochas coletadas foram divididas em ígneas plutônicas, associadas a rochas granitoides e subordinadamente gabros com textura grossa; e ígneas vulcânicas e/ou subvulcânicas associadas em grande parte a basaltos e gabros com textura fina a média, e riolitos. As rochas máficas-ultramáficas ocorrem tanto nas plutônicas quanto nas vulcânicas e foram separadas de acordo com sua textura/estrutura. Há ainda amostras de rochas sedimentares, do tipo carbonáticas, em grande parte representadas por calcários, calcarenitos e coquinas; e rochas detríticas, tais como, conglomerados, arenitos e siltitos; e por fim o grupo denominado por Crostas; O acervo de amostras constitui um patrimônio científico e estratégico para o Brasil, contribuindo para o avanço do conhecimento geológico, a gestão dos recursos minerais marinhos e a defesa dos interesses nacionais no Atlântico Sul. Trata-se de uma iniciativa de relevância para a soberania nacional, visto que fortalece a capacidade do país em sustentar suas reivindicações territoriais junto à ONU e em planejar o uso sustentável de potenciais recursos minerais de valor econômico e tecnológico. As amostras e dados associados estão disponíveis para consulta mediante solicitação ao SGB, por intermédio da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais.
