Recuperação de cobalto e níquel laterítico por bioprocessamento redutivo no Brasil
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Centro de Tecnologia Mineral - CETEM
Bundesanstalt für Geowissenschaften und Rohstoffe - BGR
G.E.O.S. Ingenieurgesellschaft mbh (GEOS)
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Resumo
Em tempos de crescente demanda por matérias-primas, especialmente para as tecnologias ligadas à transição energética e indústria de defesa, aliada a regulamentações ambientais cada vez mais rigorosas na mineração e no processamento, bem como à redução dos teores de metais valiosos nos minérios extraídos, grandes esforços estão sendo feitos para desenvolver métodos de processamento inovadores para diversas commodities críticas. Métodos convencionais para a extração de níquel (Ni) e cobalto (Co), como a lixiviação ácida de alta pressão, revelam alto consumo de ácido e energia e, portanto, representam grandes preocupações ambientais. Há uma necessidade urgente de novos métodos de extração para Ni e Co para atender à (futura) demanda por sistemas de energia limpa e renovável, mas também para uma utilização de recursos mais abrangente e eficaz em conformidade com todos os requisitos mencionados acima. Portanto, técnicas biohidrometalúrgicas usando bactérias e outros microrganismos para extração de metais seriam uma alternativa interessante. Esse método já é usado comercialmente em vários países ao redor do mundo há décadas para a extração de ouro, cobre e prata. Para níquel e cobalto, atualmente, não existe um método de extração biohidrometalúrgica industrial economicamente viável, a maioria dos experimentos ainda está em fase laboratorial. No âmbito do projeto "BioProLat" (bioprocessamento redutivo para extração de cobalto e níquel de lateritas no Brasil), diversos métodos biohidrometalúrgicos, incluindo biolixiviação, lixiviação convencional e extração de metais, foram testados em minérios de Ni-laterita brasileiros, e os resultados são apresentados neste relatório. O cenário econômico atual, a demanda por Ni e Co na Alemanha e na UE, bem como a produção e a demanda no Brasil, também são brevemente apresentados. Além dos resultados do projeto, os métodos convencionais de lixiviação utilizados mundialmente para extração de Co e Ni são explicados para um entendimento mais aprofundado. Por fim, foi realizada uma análise econômica e de custo-benefício para destacar as diferenças e potenciais vantagens dos métodos recém-testados. O projeto BioProLat foi iniciado em fevereiro de 2021, concluído em julho de 2025 e financiado pelo Ministério Federal Alemão de Educação e Pesquisa (BMBF) como parte do CLIENTE II. Os parceiros foram o Instituto Federal de Geociências e Recursos Naturais (BGR), a empresa G.E.O.S. Ingenieurgesellschaft mbH, Halsbrücke, Freiberg e os parceiros brasileiros Serviço Geológico do Brasil – SGB-CPRM, Centro de Tecnologia Mineral – CETEM e Brazilian Nickel PLC - BRN, bem como Anglo American Nickel Brasil como parceiro associado.
