Geologia e recursos minerais da folha Parambu: SB.24-Y-A-III
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Esta nota explicativa apresenta os resultados do mapeamento geológico, do levantamento geoquímico exploratório e da avaliação do potencial de recursos minerais da Folha Parambu, localizada na divisa entre os estados do Ceará e Piauí, nordeste do Brasil. A área está inserida na porção setentrional da Província Borborema e, mais especificamente, na Subprovíncia Ceará Central. Duranteomapeamentogeológicoforamcartografadasimportantesunidadeslito-tectônicaspertencentes a Subprovíncia Ceará Central: i) fragmentos do embasamento paleoproterozoico, representados pelos Ortognaisses Malhada Bonita, formados por uma sequência de rochas plutônicas máficas e ácidas, correlacionados ao Complexo Canindé do Ceará; ii) uma sequência vulcanossedimentar correlacionada ao Grupo novo Oriente; iii) uma sequência de rochas supracrustais de idade proterozoica, do Complexo Ceará , onde foram individualizadas as unidades Independência, Canindé e Arneiroz; iv) uma associação granito-gnaisse-migmatítica do Neoproterozoico, do Complexo Tamboril – Santa Quitéria (granitoides Santa Quitéria e Gado Bravo, Diorito Boi, diatexitos e metatexitos);v) o magmatismo Neoproterozoico/ Cambriano (granitos alcalinos Oiti, diques ácidos Guaribas e os diques básicos Rio Ceará-Mirim); vi) uma sequência de rochas sedimentares pertencentes a uma bacia molássica do estágio de transição (Grupo Rio Jucá da Bacia do Cococi); vii) e uma unidade composta por arenitos da Formação Jaicós, pertencentes ao Grupo Serra Grande, da Bacia do Parnaíba. Em relação ao potencial mineral, o destaque é para as ocorrências de barita e cobre hospedadas em brechas cataclásticas que ocorrem no interior do Grupo Rio Jucá e que também possuem relação direta com as zonas de cisalhamento que contornam a bacia e com o magmatismo alcalino Oiti que ocorre na borda norte da Bacia do Cococi. As ocorrências de mármore e manganês na Unidade Canindé, do Complexo Ceará é outro destaque. Esta unidade hospeda as principais ocorrências de manganês e mármore na Subprovíncia Ceará Central. As ocorrências de manganês associam-se a camadas de gondito hospedadas em sequências gnaissicas metassedimentares que encontram-se alteradas supergenicamente. O Grupo Novo Oriente é conhecido regionalmente pelo seu potencial para cromo. Na folha Parambu ocorre uma sequência de rochas metaultramáficas que foi correlacionada a formação Caraúbas, que é anômala em cromo e precisa ser estudada com maior detalhe. Nos arenitos da Formação Jaicós, além das belas escarpas e baixões que compõem a paisagem sertaneja, ocorrem uma série de abrigos(cavernas), paredões,torres de pedra e sítios de pintura rupestre de grande interesse científico, pois podem estar relacionadas com o processo de ocupação pré-histórica da região sul do estado do Piauí, onde se encontra o Parque Nacional da Serra da Capivara.
Esta nota explicativa apresenta os resultados do mapeamento geológico, do levantamento geoquímico exploratório e da avaliação do potencial de recursos minerais da Folha Parambu, localizada na divisa entre os estados do Ceará e Piauí, nordeste do Brasil. A área está inserida na porção setentrional da Província Borborema e, mais especificamente, na Subprovíncia Ceará Central. Duranteomapeamentogeológicoforamcartografadasimportantesunidadeslito-tectônicaspertencentes a Subprovíncia Ceará Central: i) fragmentos do embasamento paleoproterozoico, representados pelos Ortognaisses Malhada Bonita, formados por uma sequência de rochas plutônicas máficas e ácidas, correlacionados ao Complexo Canindé do Ceará; ii) uma sequência vulcanossedimentar correlacionada ao Grupo novo Oriente; iii) uma sequência de rochas supracrustais de idade proterozoica, do Complexo Ceará , onde foram individualizadas as unidades Independência, Canindé e Arneiroz; iv) uma associação granito-gnaisse-migmatítica do Neoproterozoico, do Complexo Tamboril – Santa Quitéria (granitoides Santa Quitéria e Gado Bravo, Diorito Boi, diatexitos e metatexitos);v) o magmatismo Neoproterozoico/ Cambriano (granitos alcalinos Oiti, diques ácidos Guaribas e os diques básicos Rio Ceará-Mirim); vi) uma sequência de rochas sedimentares pertencentes a uma bacia molássica do estágio de transição (Grupo Rio Jucá da Bacia do Cococi); vii) e uma unidade composta por arenitos da Formação Jaicós, pertencentes ao Grupo Serra Grande, da Bacia do Parnaíba. Em relação ao potencial mineral, o destaque é para as ocorrências de barita e cobre hospedadas em brechas cataclásticas que ocorrem no interior do Grupo Rio Jucá e que também possuem relação direta com as zonas de cisalhamento que contornam a bacia e com o magmatismo alcalino Oiti que ocorre na borda norte da Bacia do Cococi. As ocorrências de mármore e manganês na Unidade Canindé, do Complexo Ceará é outro destaque. Esta unidade hospeda as principais ocorrências de manganês e mármore na Subprovíncia Ceará Central. As ocorrências de manganês associam-se a camadas de gondito hospedadas em sequências gnaissicas metassedimentares que encontram-se alteradas supergenicamente. O Grupo Novo Oriente é conhecido regionalmente pelo seu potencial para cromo. Na folha Parambu ocorre uma sequência de rochas metaultramáficas que foi correlacionada a formação Caraúbas, que é anômala em cromo e precisa ser estudada com maior detalhe. Nos arenitos da Formação Jaicós, além das belas escarpas e baixões que compõem a paisagem sertaneja, ocorrem uma série de abrigos(cavernas), paredões,torres de pedra e sítios de pintura rupestre de grande interesse científico, pois podem estar relacionadas com o processo de ocupação pré-histórica da região sul do estado do Piauí, onde se encontra o Parque Nacional da Serra da Capivara.
