Um novo exemplar de Amblypygi fóssil e a reavaliação da posição taxonômica de Britopygus weygoldti Dunlop & Martill, 2002 (Arthropoda, Arachnida, Amblypygi) sensu Dunlop & Barov, 2005

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Sociedade Brasileira de Paleontologia

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A ordem Amblypygi (Arthopoda: Arachnida), em conjunto com as ordens Schizomida, Thelyphonida e Araneae, formam o clado monofilético Tetrapulmonata. Os Amblypygi são conhecidos popularmente como aranhas-chicote, devido à semelhança grosseira com as aranhas e, apesar de pertencerem ao mesmo clado, há diferenças notáveis entre eles. Esses organismos diferenciam-se por seus corpos dorso-ventralmente achatados, seus pedipalpos subquelados fortemente armados e alongados. O primeiro par de pernas é muito alongado e multi-articulado, perdendo totalmente a função ambulatória e adquirindo a função sensorial (pernas anteniformes). Atualmente são conhecidas 292 espécies, das quais 14 são fósseis. Organizadas em duas subordens, Palaeoamblypygi e Euamblypygi, cinco famílias e 26 gêneros (oito fósseis) as espécies que possuem maior diversidade e distribuição geográfica na estão inseridas na subordem Euamblypygi. O registro fóssil dos amblipígios é excepcionalmente raro e em bom estado de preservação é ainda mais significativo, visto a escassez de descrição de fósseis completos e com detalhes morfológicos. O presente trabalho apresenta um novo exemplar de Amblypygi do Cretáceo Inferior da Formação Crato, Bacia do Araripe, cujas rochas apresentam uma aracnofauna extremamente valiosa e rara. O exemplar (MCT.I.7254) pertence à coleção do Museu de Ciências da Terra (Serviço Geológico do Brasil, Rio de Janeiro, RJ) e possui estruturas corporais bem preservadas, permitindo a observação de detalhes morfológicos. No Brasil, atualmente é conhecida apenas a espécie Britopygus weygoldti Dunlop & Martill, 2002 para a Formação Crato (Crato, CE) que está alocada na família Phrynidae devido principalmente aos caracteres de armação dos pedipalpos. O exemplar estudado possui características semelhantes a um segundo exemplar de Britopygus weygoldti, publicado em 2005, como tamanho e morfologia dos pedipalpos. Entretanto, as análises morfológicas que sustentam o fóssil de 2005 na família Phrynidae são discutíveis. Neste trabalho é apresentada uma visão taxonômica alternativa para esse grupo de fósseis, analisando características morfológicas dos pedipalpos e do tritosterno, como critérios para a transferência de família. Essa hipótese já havia sido proposta, mesmo que não formalmente em ensaios preliminares em 2003, que alocavam esses fósseis em outra família, mas esses estudos não puderam ser concluídos na ocasião.

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ALBERTO, Gabrielle de Melo; NOGUEIRA NETO, José Araújo; SILVA, Rafael Costa da; GIUPPONI, Alessandro de Ponce Leão. Um novo exemplar de Amblypygi fóssil e a reavaliação da posição taxonômica de Britopygus weygoldti Dunlop & Martill, 2002 (Arthropoda, Arachnida, Amblypygi) sensu Dunlop & Barov, 2005. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PALEONTOLOGIA, 28., 15 a 19 de outubro de 2024, Maceió. Resumos [...]. Paleontologia em Destaque. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Paleontologia, v. 39, n. esp., 2024. p. 326.

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