Dolomitização e sulfetos (Zn) dos carbonatos neoproterozóicos da formação Araras, MT

Data

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Tipo de acesso

Local

Resumo

estudos desenvolvidos para esta dissertação tiveram como objetivo um maior entendimento da ocorrência de esfalerita existente nos dolomitos da Formação Araras, Mirassol d’Oeste – MT. Para tanto foram realizados estudos de reconhecimento geológico regional e local, estudos petrográficos, estudos de geoquímica analítica, isótopos estáveis, isótopos radiogênicos e análises em inclusões fluidas. A Formação Araras é composta por uma porção basal constituída de dolomitos rosa diretamente sobrepostos aos diamictitos da Formação Puga e uma porção superior formada por calcários cinza. Os dolomitos rosa representam uma dolomitização precoce dos calcários depositados, com a formação de dolomitas microcristalinas que obliteram parcialmente as estruturas sedimentares. A região de interesse deste estudo está situada na transição entre os dolomitos rosa e os calcários cinza laminados aonde ocorreu uma dolomitização secundária pós-deposicional com a formação de dolomitas sacaroidais, esfalerita e geração de uma porosidade importante. Esse processo tardio de dolomitização é caracterizado pelo aumento relativo de metais (Fe, Mn, Sr, Al) evidenciado pelas análises geoquímicas. Os estudos isotópicos de carbono apresentaram valores de aproximadamente -4‰ PDB para o nível mineralizado, semelhante aos carbonatos associados ao fim da glaciação neoproterozóica aonde temos uma diminuição do carbono orgânico disponível. Os valores obtidos para o 18O e o 87Sr/86Sr neste mesmo nível foram <-10‰ PDB e 0,722 a 0,727 respectivamente, acentuando a ocorrência de reações diagenéticas associadas ao processo de dolomitização. O nível mineralizado ainda apresentou um enriquecimento em isótopos radiogênicos de Sr e Pb, o que indica que os fluidos percolaram rochas mais antigas da crosta, provavelmente os gnaisses e granitos do embasamento. Dados de inclusões fluidas indicaram que os fluidos formadores das esfaleritas eram muito salinos, com grandes quantidades de Ca dissolvido e possuíam temperaturas relativamente baixas (115 a 150°C). O conjunto de dados apresentados possibilita a classificação da ocorrência de esfalerita de Mirassol d’Oeste como sendo do tipo MVT. Por fim temos a percolação de um fluido pobre em metais que formou uma segunda geração de calcitas na borda de poros e posteriormente um fluido rico em matéria orgânica que preencheu os poros e vazios intergranulares de toda a seqüência carbonatada com betume.

Descrição

Dissertação Mestrado em Geociências

Palavras-chave

Citação

FAULSTICH, Fabiano Richard Leite. Dolomitização e sulfetos (Zn) dos carbonatos neoproterozóicos da formação Araras, MT. Orientador: Marcel Auguste Dardenne. 2005. 79 f. Dissertação (Mestrado em Geologia)-Instituto de Geociências, Universidade de Brasília, Brasília, 2005.

URI - Use o link abaixo para citar este item

Coleções

Avaliação

Revisão

Suplementado Por

Referenciado Por